segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Momento Revival

Esta poderia ser uma boa justificação pelo meu amor ao café...



Os tempos áureos frente à tv com o meu irmão e os meus primos a ver isto nas tardes de semana...ou, numa versão mais recente, a música que TODOS dançaram no Baile de Finalistas da Faculdade!


Um dos meus desenhos animados preferidos quando ainda era loira, tinha uns grandes olhos verdes e uma alegria contagiante ...


E outro!! Amava este :)


Nham!!


A nossa hora de dormir...



Eu ainda sei citar este jingle de cor. Se é deprimente ou não, fica ao vosso critério a decisão ;)


Fazer amigos entre os animais...



Saving the best for last...as minhas *melhores* recordações vêm daqui !

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

V_ff_nc_l_ (ou de como este post deverá ser ignorado por todos vós)


Gustav Klimt, O Beijo


Discover Athlete!


Fará exactamente esta noite seis meses.
Curioso como apesar do tempo, da distância, apesar dos sentimentos corroídos, apesar de ter passado estes últimos seis meses a apunhalar-me cada vez que penso nisso, o meu estômago ainda faz dois mortais encarpados à retaguarda cada vez que penso num momento que durou poucos segundos. Ou quando penso naquela noite, na manhã seguinte, na estranheza dos dias e das noites que se sucederam.

Curiosamente, a noite de hoje também terá festa.

Curiosamente também, passei toda a santa noite de ontem a sonhar contigo, algo que entenderia como castigo, não fosse o facto de ter acordado de sorriso nos lábios por te ter visto outra vez, ainda que fosse apenas na minha cabeça.

Curiosamente ainda, sinto-me só sem ti. Admito a minha derrota, e admito de uma vez por todas que meio ano depois ainda ando à deriva e nem uma ilha à vista, ainda que deserta.

Chega de bater com a cabeça nas paredes. Enough is enough.

I vow never to fall in love again. It hurts too fucking much before, during, and after it's over... if it started at all.
That being said, I hardly keep any promise I make.

Take it for what it's worth.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Melhores albuns de 2008

Tenho visto muitas listas. Não os ouvi todos.
Este post vem essencialmente afirmar o meu amor por aquele que considero ser o melhor album de 2008, indiscutivelmente:




Discover Vampire Weekend!



Discover Vampire Weekend!


It's true love <3

FELIZ NATAL A TODOS! :D

Edit: Vergonha e ignominiaaaaa, esqueci-me do EP Marsupial, dos Linda Martini. Genial!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

/enter marcha nupcial

Inspirada por este post , e pela súbita vaga de conversa sobre casamentos entre os meus amigos (conversa que na sua grande maioria surgiu após o consumo de umas imperiais, há que confessar), venho por este meio partilhar com o mundo as minhas ideias sobre o casamento.

O mundo, esse, manter-se-á indiferente a esta minha partilha, e só faz é bem.

Ora, o casamento. O casamento é, tradicionalmente, aquele dia com o qual as mulheres sonham, o entrar de branco na igreja pela mão do pai, essas patacoadas tradicionais.
É minha forte convicção que muito poucas mulheres da minha idade admitem que fantasiam com o dia do seu casamento, e muito menos o admitirão se não tiverem uma relação estável. Não sei como é com os homens, mas acho (mesmo) que todas as mulheres pensam nisso, ou pensaram nisso, ou pensarão nisso.
Acontece que escolhem não o divulgar – parece foleiro e antiquado e é muito mais cool a ideia de que é só um papel passado, e de que não vale a pena o esforço.

Não duvido que a ideia de casamento actualmente não seja apelativa. Por tantas razões: pelo facto de ser visto como um mero papel passado, que serve para muito pouco senão para trazer problemas quando o amor acaba, o desejo se extingue e acordar a olhar para a mesma cara do lado de lá da cama é intolerável;
pelos divórcios rápidos e em catadupa que umas vezes são porque se cometeu um erro (que os há, por isso somos humanos), outras porque é intolerável viver assim, ou simplesmente porque já não se quer fazer o esforço de reanimar uma paixão que pereceu (assassinada, ou por morte natural);
pelas alianças que saem e voltam ao dedo conforme os desejos do dia e a quantidade de membros atraentes do sexo oposto no bar.
Porque já vimos tanta merda, ouvimos tanta merda, e sobretudo porque hoje em dia se fala disso abertamente e separações são uma das coisas mais normais desta vida - tudo isso faz com que a minha geração tenha muitas reservas sobre o valor do instituto. Com todo o peso, desagradável, que a palavra “instituto” comporta: parece algo pesado e inamovível que não se adaptará ao que o futuro possa trazer.

Na verdade, tanta coisa por algo que não passa de um papel; de um compromisso que se assume perante o governo, ou perante a igreja se os pais fizerem questão - porque são eles que pagam o casamento e a avó da província gostaria muito.
É um mero acordo: vivemos juntos, amamo-nos, vamos oficializar perante o mundo o amor que nos une.
Ah, e no caso das pessoas de Direito, encheram-nos os ouvidos com a ideia de que é um contrato – ao nível daquilo que se faz quando se compra uma casa ou o pequeno-almoço no café, mas com outras cláusulas.

Ora, se isto é assim, casar para quê?
Bem:
• Oficializar o amor entre duas pessoas é um gesto simbólico, e penso que todos sabemos entender o valor que ele apresenta.
As histórias de amor estão cheias de gestos simbólicos – a “nossa” música; a data do “nosso” aniversário de namoro; o “nosso” sítio; aquela noite, ou tarde, ou dia, em que não sei o que aconteceu mas tudo mudou para ti e para mim e eu e tu passamos a ser “nós”; os “nossos” gestos; as “nossas” cumplicidades; as “nossas” private jokes, … tudo isto existe num namoro. Assim, marcar no calendário de todos o dia X como aquele dia em que o amor deu o passo definitivo e anunciou ao governo que existia e que estas duas pessoas juntaram escovas de dentes e passaram a entregar apenas um impresso para pagar o IRS em vez de dois, poderá ser até algo romântico. (Isto na teoria, porque depois vem a preparação das festas de casamento, e para mim todo o romantismo que pudesse haver na ideia da junção de amigos e família morre na canseira que é escolher bolos, vestidos, fotógrafos, quintas, fazer a lista de convidados, e coisas do género).
• Porque fazê-lo frente aos amigos e à família faz com que eles estejam a participar da felicidade do casal. E porque se se gosta de festas, não haverá festa maior que esta. [Este argumento, no entanto, é uma faca de dois legumes, como diria Jaime Pacheco: há muitos casos em que, se dependesse apenas do casal, talvez não houvesse nem casamento nem festa; e no entanto, para não desagradar a ninguém, ninguém sabe muito bem como acabam 400 pessoas que mal se conhecem acomodadas numa mesma quinta a encher a mula, enquanto os recém-casados olham um para o outro confusos e tentam entender o que se terá passado.]
• E, que raio, vamos ser cínicos: há uma protecção dos bens, e uma maior protecção legal da pessoa caso algo de trágico aconteça à cara metade.


Eu admito, a custo, que talvez até gostasse de me casar. Provavelmente, pelo civil e não pela igreja.
Mas tenho a mania que sou original, pelo que se me casar, tenho meia dúzia de ideias bem marcadas na cabeça sobre o que quero e não quero.

Para já, as alianças são-me indiferentes. Não gosto particularmente de anéis, e há aquele pormenor giro de as alianças serem como qualquer outro anel, que sai do dedo facilmente, e lá se vai a sinalização do casamento. Suponho que tenha que as usar, até porque actualmente é mais respeitado como modo de sinalização de compromisso um anel no dedo certo do que qualquer papel certificando o matrimónio.
Ainda assim, para mim será mais importante tatuar o dedo anelar da mão esquerda, possivelmente com a inicial da outra pessoa.
Eu vejo o casamento como uma união que dure até ao fim da minha vida.
Por um lado, é justamente isso que me afasta da ideia de me casar: não gosto de me comprometer sequer com a ideia de ficar em Lisboa até Julho a terminar o mestrado, quanto mais com a ideia de me comprometer a ficar até ao fim dos meus dias a aturar os humores de alguém cujas fuças me posso cansar de ver daqui a dois anos. Por outro lado, nada melhor que uma tatuagem para acompanhar a ideia de um compromisso para toda a vida – uma marca de tinta que fique comigo toda a vida também.

Em segundo lugar, vou admitir o inadmissível: cada um vai como quer, e eu gostava de ir de preto. (pausa para choque na plateia)
Porquê? Porque tenho o vestido perfeito, e o vestido perfeito é preto. Isto foi algo que nunca entendi: se é possível que uma mulher se case vestida de outra cor que não o branco puro e virginal (e actualmente, er, são *todas* as mulheres), então porque não preto?
Associar a cor com a alegria ou a felicidade, isso é tudo fantástico – nesse caso gostava de entender porque carga de água é que todos os homens casam de preto. Será possível que *todos* o façam porque casam sob protesto, e para demonstrarem o luto pelo facto de se irem “enforcar”?! [Pausa para referir o quanto adoro a expressão “vais-te enforcar” usada pelos homens quando se referem ao casamento iminente de um deles. Sendo eu mulher, partilho exactamente da mesma secura na garganta e sensação de corda ao pescoço que suponho que eles tenham quando pensam em “dar o nó”. Sou Sagitário, não tenho culpa, é mais forte que eu].



Para além disso, gostava de largar 600 e tal euros nuns Louboutins (ver adorável foto acima) para usar no dia do meu casamento. Custariam os sapatos necessariamente mais que o vestido, mas eu dava o dinheiro por bem gasto, sobretudo se o noivo foi substancialmente mais alto do que eu (se bem que a avaliar pelos últimos dois anos, diria que esse é um cenário pouco provável, haha XD).

Não gostava particularmente que ninguém da minha familia me acompanhasse ao altar: nem pai nem irmão, thank you very much, chego ao altar sozinha e sem ter que ser guiada por homem nenhum. Já basta o homem que milagrosamente faça com que eu me dirija ao altar de livre e espontânea vontade para me juntar a ele uma vida inteira.

Também gostava de fazer duas festas: a da família, e a dos amigos. A da família bem mais formal; a dos amigos em ambiente refinado, sim, mas muito mais divertido – até porque aquela parte de estar a beber champagne à grande e a fumar não ia cair bem na minha família. É egoísta querer fazer duas festas, mas é a verdade :$

E, quanto a selecção musical na festa, já sabem que os grandes êxitos do pimba *não podem faltar*. Depois da musica de abertura do baile (que não vai ser uma valsa porque eu não acho piadinha nenhuma a valsas, e porque quero mesmo que seja a "nossa" musica a abrir - minha e do infeliz que quis casar comigo, leia-se)
... a dança abre em grande com ou José Malhoa ou com Quim Barreiros, ou não me chamo eu Raquel.
Tenho o sentido de humor deprimente que vocês já me conhecem, porque carga de água havia de o mudar no dia do meu casamento, hmm XD? Contem com uma selecção musical com muito mau hip hop, pimbalhada com fartura, e lá pró meio uma pequena selecção de musica decente, se estiverem com sorte ;D.

Atirar o bouquet, tenho as minhas dúvidas. As minhas amigas deverão estar todas casadas por essa altura, e as minhas primas mais novas também, pelo que é inútil. Para além disso, eu dou mais importância ao bouquet do que dou ao vestido – sendo o bouquet lindo e deslumbrante, dificilmente o vou atirar correndo o risco de que ele se esmifre todo no chão. Quem vir um certo episodio da série 2 do Sexo e a Cidade entenderá XD.

Ah, escusado será dizer que a ementa vai ter mais opções vegetarianas que o habitual. Levem umas barras de cereais para o caso de terem fome, lol.

Poderá portanto, se forem seguidas estas ideias, ser um casamento muitoooo estranho, mas ao menos vai ser à minha medida XD.


Eu ponho o desafio, ainda que com as mais sérias duvidas que alguém venha a participar,mas... surpreendam-me. Comentem vocês aqui como seria o vosso casamento de sonho! :)

[[Este post teve, como já devem ter percebido, o mais absoluto patrocínio de Sex And The City ]]

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Baby RayRay



Baby RayRay gostaria de agradecer a todos os que ontem contribuiram para que o meu dia de aniversário fosse especial.

Desde o bolo de anos, ao almoço, passando pelas prendas e pelo "parabéns meu puto" seguido daquilo que aprendi ontem não ser um "calduço" mas sim uma "esfrega" (suponho que seja a linguagem sofisticada que se aprenda numa certa Universidade situada em Santos), sem esquecer as mensagens do hi5, telemóvel, de Facebook e os telefonemas do estrangeiro que me deixaram de asinhas nos pés...

Tudo contribuiu para um dia...diferente e especial.

Obrigada a todos!

*A emissão segue dentro de momentos*

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Cenas dos últimos capítulos.



* Voltei de Barcelona domingo passado. Continuo tão apaixonada pelo monumento acima ilustrado como na primeira vez que o vi - já lá vão uns anos, numa das mais mágicas viagens da minha vida.
Em Barcelona sou sempre criança, tudo me fascina, dos passeios ao céu, passando pelos candeeiros, pela energia, pelas pessoas. É NYC numa versão mais barata, mais interessante, de toque europeu, e sem americanos. Tudo vantagens, como se vê.
Joguei matraquilhos e snooker, dancei a macarena e danças medievais, dormi pouco e bebi coisas que julguei nunca aguentar. Falei, cantei, tive o anfitrião perfeito (estou-te eternamente grata,Dani), tive musica a rodos como já há muito não ouvia, e oportunidade para perspectivar a minha *vidinha*.
No fundo, uma daquelas viagens insanas e boas que trazem sal à vida. Obrigada borrego ;)

*Retorno ao trabalho, que implicou meia duzia de surpresas desagradáveis e a certeza de que isto não promete tornar-se mais fácil ou interessante lá para a frente - muito pelo contrário, jogo neste momento com o factor "novidade" e aquilo que tenho feito não é a parte mais chata. Essa virá para Janeiro, esse mês impossível de aturar que apenas é safo pelos aniversários e pela sensação (perigosa) de parecer que até tenho algum dinheiro na carteira.

*Tenho os sonhos mais estranhos. Alguns com pessoas que muito aprecio ter nos sonhos, outros nem tanto. A minha cabeça anda a mil enquanto durmo, o que é divertido porque parece não funcionar quando estou acordada.

*Tenho estado bastante isolada, saio de casa para café e nada mais, e vivo no meu mundo. E se provas não tivesse de que isso é das coisas que mais me destrói, e que preciso de outros mundos para manter o meu saudável, poderia olhar-se para o meu estado actual - sem horários, sem regras, sem nada de estrutural - para compreender que isto durará pouco nestes termos.
Felizmente voltou a minha velha tradição de fazer listas de objectivos a cumprir, e estamos quase a chegar a 2009. Esta passagem de ano, mais valerá despejar três caixas de passas pela boca abaixo e rematar com Casal Garcia.

*Acordei hoje e doía-me o coração. Não é metafórico, é a pura realidade. Não foi do frio, nem da febre - nem desta musica que hoje descobri:

Made Up Love Song #43 - Guillemots

Secalhar, e detestando ter que dar razão à Margarida Rebelo Pinto... talvez não haja mesmo coincidências.
I will survive. Hey hey.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Lisboa à noite



Quase petrificada pelo frio, Lisboa à noite é ainda mais bonita do que aquilo que eu me lembrava. Gosto de olhar para a cidade através de um vidro como se não a conhecesse, e redescobrir magia nos sítios por onde passo todos os dias.

Depois há os amigos, que me devolvem ao precário equilíbro entre as saudades de tudo e a ansiedade do presente. O meu penhorado agradecimento. A falta que fazem as gargalhadas é inestimável.


Não disse nada, amor, não disse nada:
foi o rio que falou com a minha voz
a dizer que era noite e é madrugada
a dizer que eras tu e somos nós.

A dizer os mil rostos de Lisboa
ao longo do teu rosto se te beijo.
À luz de um pombo chamo Madragoa
e Bairro Alto ao mar se te desejo.

Não disse nada, amor. Juro, calei-me:
foi uma voz que ao longe se perdeu.
Cuidei que era Lisboa e enganei-me
pensei que éramos dois e sou só eu.


António Lobo Antunes

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Boas ideias

Uma das melhores ideias que me chegou aos ouvidos nos ultimos tempos vai ter concretização prática em Lisboa,muito em breve, no espaço MusicBox.

Ora leiam esta bonita posta do Disco Digital:

O musicbox vai recebe as Red Bull i-Battles no dia 19 de Dezembro, a partir das 00h00.
Nesta primeira Red Bull i-Battle competem oito equipas, cada qual composta por dois membros. Duas a duas, as equipas irão tomar o ringue munidas dos seus iPods para escolherem as faixas mais acutilantes.

Cada equipa toca quatro assaltos musicais de 1:30 cada por combate, alternados com os assaltos da equipa adversária. A vitória no combate cabe à equipa que conseguir a manifestação mais ruidosa por parte da assistência no conjunto dos quatro assaltos (ou faixas).

O ringue será controlado pelos dois anfitriões da noite: Marga e Tekilla. Cabe-lhes apresentar a festa mas também a supervisão do cronómetro digital, do quadro de classificações e do sonómetro.

Estas são as duplas:

The Scene: Ka§par e Victor Silveira

Spank Pod: DJ Ride e Espectro

Bandido$: Gatunagem e Ray Ban (Dupla de radialistas/DJs)

A.M.O.R.: Mi & Vi

URBA FEAT FAB: Urba e Marquise

Butterflie Soul Flow: PinyPon e Leo

Clube Tropicalismo Social: Alex Cortez (Rádio Macau; Transformadores) e Vítor Belanciano (jornalista)

Recycles: João Gomes (Cool Hipnoise, Spaceboys) e Fred


http://diariodigital.sapo.pt/disco_digital/news.asp?id_news=32522

Fica registado para a posteridade que um dos meus objectivos de vida - numa lista infidável deles - vai ser participar numa brincadeira destas (e vencê-la, pois claro).


Ainda, se me quiserem acompanhar ao concerto dos Asian Dub Foundation no Santiago Alquimista a 16 de Dezembro, e eventualmente dar-me um beijinho de parabéns
à meia noite, eu não me farei rogada (e, naturalmente, contam com a minha gratidão eterna).


E, por fim, estou ansiosa para ver se me esbardalho ou não me esbardalho pela escadaria do anfiteatro abaixo na altura de receber os diplomas. É regra sagrada na minha vida que em alturas de cerimónia eu cometo gaffes fortes, ou armo barracada de qualquer modo. Não é bonito, pois não. Mas se cair, que seja com estilo e que marque impacto positivo pela graciosidade do salto, digo eu XD.

Já enviei um video para uma certa entidade. Confirma-se que sou uma das pessoas menos telegénicas que Deus deitou ao mundo; tudo o que desejo é ir à entrevista, onde tenho *a certeza* que não vou ser seleccionada, pelo que, se lá chegar, nesse momento estarei perfeitamente descontraída.

Fiz também uns videos alternativos, onde revelava a minha verdadeira motivação. Posso partilha-la com voces, até: o que eu quero mesmo, é ser presidente do Glorioso (e amante do Rui Costa em part-time se ele estiver praí virado, haha). Qualquer passo que me faça chegar mais perto dessa realidade, terá valido a pena. XD

Entrevista

Hoje, e pela primeira vez, alguém me entrevistou por e-mail :)

Porque passei algum tempo de volta deste questionário, e porque me surpreendi a mim mesma pelo facto de ser uma optimista inveterada até com o estado do Ensino Superior, publico aqui parte do questionário que me enviaram bem como as minhas respostas... Ana, espero que o trabalho te corra bem! *** ;)

Achas que as propinas que pagas na tua faculdade são muito caras? (qual a quantia?):
As propinas a serem pagas no grau de Mestrado são bastante elevadas comparativamente com as propinas de licenciatura. Não tenho a certeza dos valores envolvidos; no meu caso julgo que na totalidade o Mestrado (que durará aproximadamente um ano lectivo a concluir) me custe algo como **** euros.
Entendo que o facto de o Mestrado ser um grau “teoricamente” superior (na medida em que a designação é enganosa, visto que se trata de um titulo que corresponde às licenciaturas que existiam antes da aprovação do processo de Bolonha) permitirá às Universidades exigirem propinas mais elevadas.
No entanto, considero que os valores pedidos são algo excessivos tendo em conta tanto o nível académico a que corresponde o grau de Mestrado, como a realidade existente antes do processo de Bolonha.



Quais as principais fraquezas/defeitos da tua faculdade? Achas admissíveis essas fraquezas/defeitos mesmo pagando umas propinas tão altas? As principais fraquezas da minha faculdade prendem-se essencialmente com questões de gestão de espaço: a Faculdade existe num espaço que é, na minha opinião, muito reduzido tendo em conta a quantidade de pessoas que lá estudam.
Esta situação tem vindo a agravar-se à medida que na Faculdade se vão criando novos cursos (com a abertura de novas Pós-Graduações, bem como os graus de Mestrado e Doutoramento), abrindo a Faculdade a mais pessoas e necessariamente criando mais dificuldades na gestão de um espaço físico tão diminuto.
Desta situação deriva também o facto de termos uma biblioteca bastante reduzida em termos de dimensão, e de praticamente não existir qualquer espaço de convivio para os alunos.
Por entender que a questão do espaço físico em que a Faculdade existe não é um problema que ela possa resolver sozinha, estando dependente necessariamente de decisões superiores para que a situação fosse alterada, acho admissivel que o facto de pagar propinas elevadas não possa mudar a situação. No entanto, acho dificil de entender que a Biblioteca da Faculdade não esteja tão completa como devia estar, em função das propinas que os alunos pagam.







Achas que o Governo dá apoios suficientes e investe no Ensino Superior? (explica)
Acho que o Governo investe no Ensino Superior, mas poderia investir mais; entendo que as limitações orçamentais nem sempre permitem um investimento superior ao que é feito, mas a Educação é sem dúvida uma área chave na qual vale a pena apostar, funcionando como um motor de desenvolvimento do país.
No entanto, a ideia que pessoalmente tenho é a de que os apoios concedidos também nem sempre são usados do modo mais proveitoso por parte das instituições de ensino.


Achas que deveria haver um maior apoio financeiro por parte do Estado para o Ensino Superior? Achas que se isso acontecesse teríamos melhores faculdades?
Do meu ponto de vista, o maior apoio financeiro por parte do Estado não significaria necessariamente um grande salto qualitativo do ponto de vista da qualidade de ensino.
Reconhecidamente, as faculdades ficariam beneficiadas a nível de infraestruturas, e haveria uma melhoria a nível da investigação nas várias áreas do saber – seria permitido aos alunos, com mais infraestruturas, realizarem trabalhos mais práticos ao longo dos cursos.
No entanto, a nivel da qualidade de ensino, do meu ponto de vista o problema é estrutural. Teria que se repensar seriamente, por exemplo, o modo como as aulas são dadas, a abordagem aos conteúdos, a estrutura das aulas, a alteração de alguns métodos de avaliação. Tudo isso melhoraria certamente a qualidade do ensino ministrado, e não depende de investimento estadual para ser alterado, mas sim, de boa vontade e disponibilidade por parte de todas as partes para alterar a situação.


O que achas das manifestações das Associações de Estudantes?
São importantes no sentido em que as manifestações são exercícios saudáveis de democracia e de participação cívica. No entanto, frequentemente, as manifestações são fundadas em motivos que não me parecem atendíveis, e não existe qualquer tentativa de explicar os motivos pelos quais se protesta, parecendo mais importante reivindicar do que dialogar com os Conselhos Cientificos, as Direcções das Universidades, os corpos docentes. Mais frequentemente ainda, a ideia que me fica sempre é a de que as Associações de Estudantes, em situações de manifestação, não procuram quase nunca elucidar os alunos sobre as questões que estão em causa.


Achas que o Ensino Superior pode ser equiparado alguma vez às faculdades estrangeiras?
Do meu ponto de vista, a qualidade do ensino no estrangeiro é frequentemente mitificada, considerando-se sempre que qualquer ensino no estrangeiro é superior aos cursos superiores em Portugal. Nem sempre essa realidade se verifica, pelo que, tenho a certeza que o Ensino Superior português se pode equiparar às faculdades estrangeiras. As abordagens no ensino, as maneiras de ensinar, e os conteúdos leccionados variam conforme os países e as Universidades. Estou em crer que, apesar de ter uma série de falhas óbvias, o Ensino Superior em Portugal terá (pelo menos em alguns cursos) uma preparação técnica mais completa do que em faculdades no estrangeiro.



Achas que houve por parte das universidades uma boa adaptação ao processo de Bolonha? O que é que falhou na tua faculdade?
Na minha faculdade a adaptação foi algo confusa, e as regras, do meu ponto de vista, não foram definidas com a clareza suficiente para evitar mal entendidos. Enquanto aluna notei ainda que as regras mudaram frequentemente em função das dificuldades que iam surgindo ao longo do percurso; o que, a determinado ponto, deixou toda a gente tremendamente confundida quanto às regras a aplicar, e quanto ao modo de interpretar os regulamentos da Faculdade.
A ideia que me ficou é que todas as faculdades tiveram algumas dificuldades na adaptação ao novo modelo, sobretudo na definição de novos conteudos a serem leccionados, e ainda a definirem o modo de resolver as situações em que os alunos eram “apanhados a meio” na transição para o modelo de Bolonha.


Como explicas o facto de cada vez mais os alunos portugueses procurem formação no estrangeiro e depois nunca mais voltarem?A “fuga de cérebros” é cada vez mais um problema preocupante. Penso que a raiz do problema está na situação económica do país: cada vez menos os licenciados sentem que no fim dos estudos podem vir a ter um emprego compatível com os seus estudos e um ordenado adequado.
A solução de estudar no estrangeiro surge cada vez mais como uma alternativa aliciante para qualquer estudante: a experiência de viver no estrangeiro apela aos jovens em geral, do meu ponto de vista; e as melhores condições de trabalho e os melhores salários praticados noutros países ajudam a explicar o facto de muitos jovens procurarem estabelecer-se noutros países para trabalhar, porque acreditam que dificilmente conseguem condições equivalentes de trabalho e de remuneração em Portugal.

Achas que o Estado reflecte a situação dos recém-licenciados?
Considero que o drama que muitos recém-licenciados vivem após a saída da Universidade não é devidamente acompanhado pelo Estado; o trabalho precário que se segue e a dificuldade em arranjar empregos compativeis com os estudos que se obtiveram na Universidade e que permitam uma base de estabilidade económica é um problema que o Estado devia tomar em conta, ponderando medidas de combate a essa situação.
Mas, penso que as próprias Universidades poderiam tentar minorizar essa situação dificil, através de um maior diálogo com as empresas e com a eventual criação de programas de estágios e de parcerias com os potenciais empregadores.





*****

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

it's not about style, it's about me.



Novas posses não criam novas pessoas. Não reciclam velhos habitos, manias, pensamentos e tradições.
Mas, ao menos, espero que ajudem.
Inauguremos uma Raquel 2.O.

...Tenham medo da nova versão.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O que um flirt não faz a uma pessoa.

Vejamos:

*A Byblos Fecha.

*A Selecção é humilhada pelo Brasil com um resultado de 6-2.

*Não falo com, er, "ele" há uns dias, e espero por fotos (!!) que nunca mais chegam.

*Estou atolada em trabalho aborrecido (aqui menos mal que já tenho um plano de trabalho)

...e, estou-me a marimbar. Recuperei a minha alegria. As coisas que um flirt não faz. (Noto que pronto, o meu ego devia estar mais faminto que uma criança de país sub-desenvolvido)



Entretanto, gamei este teste noutro blog. É um teste e mete música, pelo que, estava mesmo a pedir para ser roubado pela RayRay. A ideia é responder a 10 perguntas com nomes de músicas de um artista ou banda de que gostemos, e reencaminhar pedindo a 5 pessoas que respondam.A ultima parte não me interessa, interessa responder ás perguntas. Qual a banda/cantor que escolhi?

Jeff Buckley!

1) És homem ou mulher? Grace

2) Descreve-te: Moodswing Whiskey

3) O que as pessoas acham de ti? Strange Fruit

4) Como descreves o teu último relacionamento. Last Goodbye

5) Descreve o estado actual da tua relação. She Is Free

6) Onde querias estar agora? Back In NYC

7) O que pensas a respeito do amor? I Want Someone Badly

8) Como é a tua vida? I Woke Up In A Strange Place

9) O que pedirias se pudesses ter só um desejo? The Man That Got Away

10) Escreve uma frase sábia: All Flowers In Time Bend Towards The Sun


(Van, sente-te à vontade para furtares) :P

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quando pensei em fazer um post, não pensei que esta musica fosse tudo aquilo em que consigo pensar.

Medicine Bottle - Red House Painters


giving into love and sharing my time
letting someone into my misery
i told it all step by step
how i landed on the island
and how i swam across the sea
and it crosses my mind
that i may wake to a knife in me
no more breath in my hair
or ladies' underwear
tossed up over the alarm clock
blood dripping from the bed
to a neatly written poem
a heartfelt last line reading
there is no more mystery
is it going to happen my love

it's all in your head she said
morning after nightmare
you're building a wall she said
higher than the both of us
so try living life
instead of hiding in the bedroom
show me a smile
and i'll promise not to leave you

it happened under a rainy cloud
passing through the dark south
we went into a big house
and slept in a small bed
i didn't know you then
as well as you of me
we talked of our sad lives
and we went off separately
i found your overseas souvenirs
holiday greeting cards
and some long forgotten high school fears

it's all in my head i said
banging a piano
i've not been so alone i thought
since kicking in the womb

i drank so much tea
i wrote my letters in kanji
around the block i walked and walked
pretending you were with me
not wanting to die out here
without you


the hurting never ends
like birthdays and old friends
we forget what is flesh blood and bone is human
turning phone lines to airlines
unwilling to face
the love is found on the inside not the outside
and like a medicine bottle
in the cabinet i'll keep you
and like a medicine bottle
in my hand i will hold you
and swallow you slowly
as to last me a lifetime
without holding too tight
i do not want to lose
the thrill that it gives me
to look out from my window
and scowl at the houses
from my world in the bedroom
it's all in my head she read
in her girlfriend's self-help book
it's all his own making
a war with himself
like two sides of a wall
that separates two countries
he shuts out the world
and wants only to love you

not wanting to die out here
without you



****

Esta musica surgiu-me à traição, e traz memórias demais.

Ainda estou a pensar no que a grande autora editada [:)] me disse. Que não é a vida dos outros que tem que mudar, é a minha, e quem tem que andar para a frente e ter outra pessoa sou eu.

(Afinal, a forte pancada é minha)

O estranho foi tal ideia nem sequer me ter ocorrido até ela mo ter dito. E até agora ainda estou a matutar nisso.



(Bah.)

Em outras noticias, aguardo ansiosamente o lançamento da melhor obra que vai ser editada este Natal. Esqueçam Saramago, Lobo Antunes, Alexandra Solnado:
Vanessa Pelerigo é que é.
Arrasa-os, babe! :D

Esta semana espera-me muito trabalhinho, no qual se fosse esperta me enterraria para me esquecer dos restantes aspectos da minha vida. Yay.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Classy!

Quero ver (pelo menos!)um concerto desta grande banda. Não pode ser mau XD

Pura Classe:

Belzebú (confissões de um gajo possuído) - Comme Restus



Ideal para os dias maus:

Palhasso Do Caralho - Comme restus


Letras Profundas:

Eu xamome António - Comme Restus

É oficial, EU AMO COMME RESTUS! :D




___

Em outras noticias:

*Loucura absoluta na AI:
"Você não me leve isto como ofensa, mas eu a única conversa com advogado, mas não entenda isto assim como uma coisa, como uma declaraçao de amor, mas a unica conversa que tive com um adevogado e que ficasse infrumado ou esclarecido foi com a Dona Raq, perdão, com a Doutoura Raquel".

*Barcelona de 4 a 7 de Dezembro. Estou preparada para tudo: fritar, morrer enregelada, e esperar que a cidade me coma viva, eventualmente com batatas no forno.
O borrego tem muito que me aturar XD.

*Balda no trabalho novamente. A culpa é minha, mas não totalmente.

*Falei com ele :D Já sou uma mulher mais feliz, completa e equilibrada. Agora só falta, er, esquecê-lo aos poucos :)

...Vamos prá banheira, vamos prá banheira, vamos prá banheira porque hoje é sexta feira!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

As musicas indispensáveis dos ultimos dias.

Perdoai, mas tem que ser.

Deftones for the win:







E.
Eu sei que é um pedido estupido, mais ainda macabro, e já leva uns anos. Mas, os meus pais não o farão, apesar de eu já lhes ter pedido, e o meu irmão dificilmente o respeitará.
É aquilo que quero dizer ao mundo.
Simplesmente, se for possivel, no dia do meu funeral... que alguém ponha esta a tocar:



Eu agradeço, onde quer que esteja nesse momento.


(Não, não planeio morrer brevemente, relax).


**Trabalho, allez!**

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Este post até teria piada,se não fosse triste ver o ponto a que cheguei.

fotografia - Juanes

Cada vez que yo me voy llevo a un lado de mi piel
Tus fotografias para verlas cada vez
Que tu ausencia me devora entero el corazón
Y yo no tengo remedio más que amarte

Y en la distancia te puedo ver
Cuando tus fotos me siento a ver
Y en las estrellas tus ojos ver
Cuando tus fotos me siento a ver
Cada vez que te busco te vas
Y cada vez que te llamo no estas
Es por eso que debo decir que tu solo en mis fotos estas

Cuando hay un abismo desnudo
Que se opone entre los dos
Yo me valgo del recuerdo taciturno de tu voz
Y de nuevo siento enfermo este corazón
Que no le queda remedio más que amarte


Y en la distancia te puedo ver
Cuando tus fotos me siento a ver
Y en las estrellas tus ojos ver
Cuando tus fotos me siento a ver
Cada vez que te busco te vas
Y cada vez que te llamo no estas
Es por eso que debo decir que tu solo en mis fotos estas.




*



Mas para isto é que existem os amigos.
Os que estão aqui (honra lhes seja feita, muito me têm aturado, inclusive nestes ultimos dias em que nem para mim tenho sido boa companhia, quanto mais para os outros...),e os que não estão; ainda que estejam noutro país e a muitos kms de distancia, há quem me consiga ajudar.
Nesse sentido, estou a considerar seriamente fazer umas mini férias antes dos meus anos, em Barcelona. Um segundo presente que me vou oferecer, fora a tinta nas costas e a muito provável dor intensa de umas horas.

Estive a batalhar no "trabalho" até agora. Devia sentir-me cansada, frustrada, desgastada. Não sinto, e acho que não é do chá verde, é mesmo da paz de espírito por estar a fazer aquilo que já estaria feito se não me tivesse desleixado.
Valha a verdade... *É* ridiculo sentir-me tão bem por pôr dinheiro à frente do trabalho nas causas em que acredito, mas o espírito de missão cumprida sabe bem demais. E o dinheiro na conta também sabe bem, e saber que estou a contribuir para que me continuem a atribuir bolsas de estudo também.


Voltei de Sevilha a semana passada.
Nem queria muito escrever sobre isto...Digamos que o meu cérebro tem os seus caminhos tortuosos, muito tortuosos mesmo, para funcionar/ir funcionando e deixar as ideias no lugar.

Enquanto lá estive, reinou a calma. O sentimento à chegada foi de absoluta normalidade - o que me deixou, literalmente, boquiaberta. A sensação de olhar para tudo e sentir que voltava de onde nunca tinha saído, foi a última coisa que esperei. (Mas, eu sou especialista em não prever o óbvio e em sentir justamente a única coisa que não previ.)
Foi... estranho rever as pessoas. Estranho, no sentido em que esperava grande estranheza em revê-los, e uma vez mais, foi como se nunca nos tivessemos separado.
Não era o meu grupo de base lá na cidade, e nos primeiros tempos notou-se. Fui outra vez estranhamente (e estupidamente) fechada para com a única pessoa que não me merecia isso... e não sou assim para mais ninguém.
[[Gostaria de pensar que me estava a proteger, mas só nestas alturas é que me dou conta de que *sou* mesmo egoísta, por muito que queira pensar que não, e que apenas me estou a tentar poupar ao sofrimento. A proteger, uma merda, não tenho que me proteger de nada; incrivel, é como se tivesse feridas e traumas que estão lá marcadas a negro na alma, mas que nem sequer deixei que fosse outro alguém a causar. Enfim. Tudo ficou na base do carinho e da amizade, o que me pareceu fantástico na altura (porque foi mais fácil para mim lidar com essa realidade,e porque lhe hei-de agradecer eternamente o não me ter mandado bardamerda dadas as minhas fantásticas reservas e reticências...).
O pior veio depois, porque ele não está comigo outra vez, e eu sinto a falta dele tanto que dói. Falta do sorriso ternurento dele, que me dá a sensação que só mo manda a mim. Falta de tudo, do estilo e das piadas e do andar e dos gostos e das conversas, e de tudo, porra, de tudo.]]
No restante da viagem, foi Erasmus total - sair para comer fora todo o santo tempo (e ver o que andei a perder por ser forreta, hehe), borga nos *nossos* bares, e a estranheza de não ver ninguém conhecido nas ruas. Relembrar-me que a qualquer momento estamos a conhecer pessoas novas, porque é Sevilha. Palhaçada nas ruas, alegria geral na cidade, e o desgosto de ver o céu cinzento todo o tempo. Dançar do modo mais parolo nas discotecas, cumplicidades, gestos. Tudo me faz falta, ao mesmo tempo pela cidade e pelas pessoas, tudo me marcou. Não vou mentir, saí de Sevilha outra vez em lágrimas, e outra vez com as pessoas a irem despedir-se de mim ao autocarro, e outra vez a mesma sensação de que não me despedi adequadamente de uma delas, tal como há cinco meses atrás.


Acho que agora estou um pouco mais tranquila. Cada vez mais a resignar-me, diria também. O meu exercicio de memória ultimamente tem sido feito no sentido de tentar perceber quem era eu, e como era eu, antes de estes últimos dois anos me acontecerem. Deve ter havido, sei que houve, alturas antes deles em que eu era feliz. Satisfeita comigo. Apenas eu comigo mesma, sozinha no cinema e a adorar, sozinha a ler, sozinha a descobrir musica. Sem ninguém ao meu lado, sem ninguém por quem esperar. É esse exercicio de recuperação de memórias que preciso de fazer, e de reproduzir os gestos que me deixavam mais feliz e mais satisfeita comigo mesma. Esse, e enterrar-me em trabalho nos próximos tempos, e achar que a minha vida social a mirrar é fruto de uma opção minha e não do tictac do relógio nem da necessidade de que as coisas ocorram assim mesmo, inexoravelmente.

Procurar *a* pessoa não deve valer a pena, segundo dizem. "Alguém" que agora anda com muito frio [ ;) ] dizia-me que não entendia onde é que andavam os homens interessantes, charmosos, com glamour. Eu também não sei onde estão. Sabe Deus que este fds tivemos uma tentativa falhada de os encontrar. Mas acho que entendi que o "interessante" de uma pessoa não estará visível assim à primeira vista. Daí que secalhar, seja preciso abrir o coração, a todos sem excepção,sem escolhas, julgamentos de valor ou vontades encarniçadas de encontrar o que buscamos. e entender que as pessoas se vão tornando interessantes aos poucos.

Como hoje me disseram, e brilhantemente "se não deixas para trás as coisas -se te tornas obcecado por elas- essas mesmas coisas vão acabar por te consumir inteira".



Este post faz muito pouco sentido, no entanto, há muito tempo que não escrevia nada tão honesto, e/ou que não começasse por "Exmos. Srs.".
... Para além disso, são quase 4 da manhã, so give me a break.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Nos próximos 4 dias...


Ver mapa maior



Estou. Uma. Pilha. De. Nervos.


E, tenho muita vontade de voltar lá, andar pelas ruas a beber starbucks, ouvir andaluz, ver pessoas...tenho a alma cheia, prestes a explodir, com tudo o que quero e não quero.

Fora isso, febre nos ultimo fim de semana, reuniões familiares (em que o centro da atenção foi o meu piercing, haha), absoluto desprezo pelo trabalho, e em geral, o facto de tentar estar a transformar-me numa pessoa melhor, levará (temo eu) a que as pessoas me comecem a ver a outra luz.


Em Novembro planeio dar uma valente volta à minha vida. Só preciso de uns dias no passado para poder olhar para o futuro.Assim sendo, estou de volta na segunda feira. (Se eventualmente me virem arrasada psicologicamente, recomendo que me preguem dois valentes pares de estalos como primeira abordagem.)

Hasta pronto! :)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Maneiras rápidas e baratas de me fazerem feliz:

* Porem as iluminações de Natal na rua. Ainda que não as acendam.
[É incrível, mas a verdade é que toda a sensação de magia e felicidade que promete, ainda que não dê, me mantém um sorriso na cara desde Outubro. E a primeira vez que vejo as iluminações é sempre uma alegria que enche o coração num segundo. Como se fosse o primeiro presente de Natal que recebo].

* Boa musica nos fones, que grita a minha alma por mim, e deambular pelas ruas olhando para tudo o que vejo como se não percebesse. Olhando como uma criança e apreciando a beleza - a beleza das ruas, a beleza das pessoas, a beleza do que ouço, e a beleza de ser livre e de não precisar de muito mais para ser feliz.

* E, num espírito muito mais consumista, saber que algures na FNAC, um dvd com esta capa...



será meu muito em breve :D


<3

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Não, eu não me esqueci do meu próprio blog.

Esqueci-me de outras coisas, no entanto.

Uma delas, foi a de ter vontade de escrever.

Outra, foi a de me esquecer, como frequentemente acontece, que não sou escritora profissional. Nem tenho talento para tal. Mas escrevo, e acaba por ser até estupido censurar o pouco-nada que escrevo.
Foi num texto, cujo titulo era apenas "Não Doeu". Era sobre uma pessoa que por muitas iniciais ou private jokes que use, quem me conhece já sabe quem é. E de como já não me afecta, e de como já me afectou.
(E, noto agora, podia também fazer um texto, neste mesmo segundo, sobre como tudo o que escrevi era mentira, e como me consigo iludir facilmente a mim mesma.)
Adiante. A ideia que tem que ficar...é a de que escrevo como sei. Sou ácida, cínica e pouco poética. Quero trazer luz a tudo o que vejo; e se ao menos julgo que consigo trazer um pouco, muito pouco, à vida dos que me rodeiam, essa luz não está na minha escrita.


Esqueci-me de ter alegria. Antes acho que tinha mais. Pode ser porque passei uma fase estranha em que me parecia que estar apaixonada era um estado perene. Há sempre medos associados ao amor, e neste momento os medos submergem-me, e o amor correu à procura de melhor sitio onde se esconder e me surpreender de novo. Pelo menos é nisso que quero acreditar, para não perder o pé na corrente que aos poucos me vai tentando afogar.


Esqueci-me de trabalhar como devia, e agora tenho sentimentos de culpa por não andar a fazer nada de jeito.


Esqueci-me que as coisas enterradas são as que mais doem a desenterrar.
Que é melhor arrancar crostas e deitar alcool em feridas para as desinfectar de uma vez, do que circular eternamente entre a fase em que uma ferida infecta dolorosamente, e a fase em que a cicatriz está lá a olhar para nós e nós a olhar para ela.

Esqueci-me de muita coisa. No fundo, esta frase implicaria que eu me fosse lembrar destas lições daqui para a frente, mas o triste da historia é a dificuldade em aprender com os meus erros.


Notas positivas?
Ser elogiada por quem menos esperava. Achar que talvez não seja, pronto, a pior comunicadora do mundo, e consiga transmitir sentimentos algo melhores que aqueles que trago cá dentro nas ultimas semanas.

Mergulhar em musica nova, e sentir que conquisto novo territorio e novas emoções outra vez.

Há ilusoes que vamos perdendo. Eu só peço que as minhas não se percam com muita dor da minha parte, se bem que acho pouco provavel essa situaçao. E não me tenho estado a aguentar mal.

E...sair. Porque já precisava, porque me fazia falta sair da minha esfera. Não correu mal, o que foi um alivio. Tanto a noite na Bica, como a sangria e as jolas :)




Voltando à vertente livros&musica, que tem marcado os meus posts - estou in love com Gogol Bordello. Com Glassjaw também, ainda mais se possivel. Ainda, Dresden Dolls, se bem que em doses pequenas.
Irei encharcar o mp3 de nova musica, e a ver vamos.

(Tchekhov, estou a gostar, muito. Uma humanidade sonante, impressionante, tonitruante, e mais grandiosos nomes -acabados em "ante"- que façam justiça áquelas obras primas.)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Novo livro, novo projecto.

Comecei a ler este:



E se não me desconvencerem do contrário (coisa que deviam fazer, para me pouparem á frustração de chegar a novembro e pela milésima vez não ter nada para mostrar), vou meter-me ...

nisto : www.nanowrimo.org


What: Writing one 50,000-word novel from scratch in a month's time.

Who: You! We can't do this unless we have some other people trying it as well. Let's write laughably awful yet lengthy prose together.

Why: The reasons are endless! To actively participate in one of our era's most enchanting art forms! To write without having to obsess over quality. To be able to make obscure references to passages from our novels at parties. To be able to mock real novelists who dawdle on and on, taking far longer than 30 days to produce their work.

When: You can sign up anytime to add your name to the roster and browse the forums. Writing begins November 1. To be added to the official list of winners, you must reach the 50,000-word mark by November 30 at midnight. Once your novel has been verified by our web-based team of robotic word counters, the partying begins.

sábado, 11 de outubro de 2008

Ma. Ra. Vi. Lha. Da

Já não é a primeira vez que digo - se fosse gajo, não usaria outra coisa, todo o santo ano, senão estas tshirts.

Alguns exemplos das minhas favoritas:


















Tudo isto e muito mais... em http://www.caoazul.com/loja/index.php

Acabei.



19/20

O próximo não sei qual será ainda.
Mas este livro, entre outras coisas, fez-me redescobrir o prazer da leitura, pelo que suponho que brevemente entrarei noutro mundo.
(E confirma-se, eu gosto de loucos, e de histórias com loucos dentro).

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

AW HELL NOOOOO!



Autárquicas 2009
Isaltino Morais anuncia recandidatura como independente à Câmara de Oeiras
09.10.2008 - 19h59 Lusa


Isaltino Morais vai recandidatar-se como independente à presidência da Câmara de Oeiras. O antigo partidário social-democrata anunciou hoje que este seria o “último mandato” para concluir o seu projecto eleitoral, acabando assim com especulações sobre eventuais apoios partidários.

"Serei candidato em 2009. Será um mandato em que cumpriremos os projectos lançados e onde concluiremos aqueles que se seguem no nosso programa político", declarou Isaltino Morais, perante cerca de 100 apoiantes, num restaurante em Porto Salvo.

"Contando com todos e sem baias partidárias, a nossa independência devota-nos apenas à defesa dos interesses de Oeiras", acrescentou.

Isaltino Morais afirmou que anuncia a candidatura a mais de um ano das eleições autárquicas para "marcar posição" sobre a independência da candidatura, acabando com especulações sobre um eventual apoio do seu antigo partido, o PSD.

"Assim acabou o ruído. Esta candidatura é irreversível e o PSD apresentará com certeza também o seu candidato", argumentou.

O autarca prometeu que, caso vença, Oeiras terá "as infra-estruturas necessárias para ombrear com as mais evoluídas metrópoles europeias".

Isaltino Morais afirmou que a sua recandidatura é "uma lição" para quem previu que Oeiras seria ingovernável com a sua primeira vitória como independente em 2005.

Sem se referir expressamente a nenhuma força política, o autarca lembrou que há três anos, os "profetas da desgraça não pouparam esforços para derrotar a candidatura". Ressalvou ainda que "no final, venceu a legítima vontade do povo, imune a toda a intoxicação, desinformação e hipocrisia".

Citando a queda do executivo de Lisboa em 2007, Isaltino Morais frisou no seu discurso que todas as forças políticas representadas em Oeiras - PSD incluído - contribuíram para manter a estabilidade. Mesmo os vereadores sem pelouro "não deixaram de aprovar a quase totalidade das propostas apresentadas", referiu.

A redução da dívida da Câmara de 80 para 24 milhões de euros e o lançamento do programa Habitar Oeiras - que prevê a construção de 2700 casas de habitação social nos próximos dez anos foram alguns dos projectos do mandato actual que Isaltino destacou.

"Não estamos contra ninguém nem deixaremos ninguém de lado", prometeu, garantindo aos apoiantes uma iniciativa de maior dimensão durante a campanha que, afirmou, começou a partir do momento em que foi eleito, em Outubro de 2005.

in Publico: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1345505&idCanal=59


Eu...eu... nem sei o que dizer. E anunciou isto NA MINHA TERRA. Sinto-me profundamente insultada.
Será possivel concorrer contra esta, enfim, à falta de melhor e mais ilustrativa palavra, besta? Será que outros que não os meus pais votariam em mim contra esta aberração?

Eu sentia forte necessidade de me pôr a andar de Oeiras para fora, mas esta meia duzia de linhas veio agravar em muito o sentimento.


Paralelamente, com cada doido com que lido, vou ficando cada vez mais e mais afastada daquela que eu considerava a realidade. Loucura por osmose?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Yin and Yang



vs



Viva la puta de la revolucion.

sábado, 4 de outubro de 2008

Pede, e receberás

Dia inteiro passado na nobre arte de comprar trapos para mim. No entanto:
Roupa Nova-1 Vida Social-0


...se eu os aliciar com música feliz, será que os dias felizes vêm ter comigo?

Days Like These - The Cat Empire

The World Is Mine (F*** Me I'm Famous Remix) - David Guetta Feat. Jd Davis


....Tentar não custa.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Waking up.

Há 3 meses e seis dias, arranjei coragem para acordar da cobardice e falei. O meu mundo abanou.

Há 3 meses, acordei em Portugal, para sempre. Para não mais voltar para trás. E não queria acordar, tudo o que queria estava nos sonhos que tinha.

Há 1 mês, acordei para a vida e realizei um sonho de sempre. E fui muito feliz nesse dia, como há muito já não era.


Gosto de ter datas especiais na minha vida.
Não gosto é de pensar que hoje foi aquele dia em que sonhei contigo e quando acordei não tinha nada daquilo que mais queria ter. E tive que limpar as lágrimas que acordaram nos meus olhos, mas que aos meus olhos não pertencem.


Confused - The Heavy Circles

Place Your Bets...



A minha dúvida aqui é não saber o que me agrada mais:

- Se a música brilhante dos T-Rex
- Se a originalidade de a ver tocada em harpa
- Ou se a ideia de tomar um (ou mais...) whiskies Jamesons na companhia do senhor da harpa!

;)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Empty days filled with music...

Como nas viagens de comboio só tenho ideias originais, aqui fica uma pequena playlist de musicas adequadas aos piores dias.
Com vocês, "Moshpit approved Music", Vol. I :

A primeira é Refused - New Noise, outra vez. Já sei que me estou a repetir, mas é MESMO boa :)



Motörhead - Ace of Spades



Metallica - Battery



Slipknot - Spit it Out (eu ESTAVA LÁÁÁÁ :D ele efectivamente não canta um boi nesta musica, mas...que concerto! XD)



Os ultimos são os primeiros...
Rage Against The Machine - Killing In The Name (saudades do Alive :D)



enjoy !

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Hoje há de tudo, como na farmácia.

Para rir:

Revelação
Serviços secretos ingleses tinham os Beatles debaixo de olho
29.09.2008 - 17h38 PÚBLICO
O Governo britânico seguiu durante oito anos todos os passos dos Beatles. Entre os arquivos nacionais londrinos, guardados em Kew Gardens, os 007 ingleses fazem diversas considerações, entre as quais surge a classificação de John Lennon como “obsceno e drogado”.

O sucesso estrondoso dos “Fab Four” britânicos e a atenção mundial que conquistaram fez com que os serviços secretos se interessassem por eles. Embaixadas e diplomatas enviavam informações para Londres. Polícias recolhiam declarações para serem incluídas em relatórios secretos. Funcionários das finanças controlavam à libra todas as contas bancárias dos músicos britânicos.

As informações secretas sobre John, Paul, George e Ringo, agora desclassificadas, estão compiladas num volumoso e inédito volume, recuperado durante os últimos anos pelo investigador Mário J. Cereghino, segundo o diário italiano “La Reppublica”.

As investigações dos serviços secretos terão começado por altura da viagem aos EUA, em Fevereiro de 1964. Os Beatles queixaram-se de uma festa na embaixada britânica. Um artigo no “Daily Express” revelava então que uma fã tinha conseguido cortar uma madeixa de cabelo a Ringo Star. O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico quis saber o que se passou e pediu um relatório à sua embaixada de Washington. A partir dessa altura passou a existir uma vigilância quase constante de todos os passos da banda.

Depois da América seguem em "tournée" pela Europa e logo a seguir pela Ásia. No verão de 1966, de 29 de Junho a 3 de Julho, ficam em Tóquio, no Japão. A embaixada inglesa emite pouco depois um comunicado: “Os Beatles devem ser protegidos dos fãs. Os mais perigosos são os opositores fanáticos do grupo (...) que os ameaçam de morte”. A operação de segurança no país mobilizou 35 mil polícias e custou 30 milhões de libras”, em parte pagos pelos contribuintes japoneses.

Lennon: “obsceno e drogado”
O casal mediático John Lennon e Yoko Ono têm ainda direito ao seu próprio capítulo nesta “trama judicial”. A 18 de Outubro de 1968, são presos no seu apartamento em Londres. Acusados por posse de drogas, cannabis, têm de pagar 150 libras de multa. Em Março de 1970, dois anos mais tarde, um outro relatório informava sobre uma exposição de litografias, feitas por Lennon. Os desenhos na Galeria de Arte de Londres, em New Bond Street retratavam o casal em várias posições sexuais.

A informação da Scotland Yard relatava que as litografias ilustravam "a relação com Yoko Ono, o casamento e a sua consequente actividade sexual”. Os desenhos de Lennon foram denunciados por George William Colmes, um reformado “horrorizado” por vê-las expostas na galeria. Oito das 14 litografias são apreendidas pela polícia, a exposição é encerrada e o proprietário da galeria denunciado por obscenidade.

Do espólio agora revelado faz ainda parte o documento que marca o fim da banda. O processo, que chegou ao Supremo Tribunal, instruído por Paul McCartney contra os seus três ex-companheiros, depois da dissolução do grupo em finais de 1970.

(in Publico, http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1344325 )


Para chorar: (por ele, ainda. Ainda...damn. he's like... "Like a blow to the head").





E, para partir tudo:



Ladies and Gents, RIOT!


Hoje...
-A gaiola dos malucos aberta no local de trabalho.
-Finalmente algum consolo em saber que vou ter formação para começar o projecto da faculdade.
-Mais cerveja e conversa com a K. hoje. Planos. Desabafos. Sabe sempre bem :)
-E...quero o meu cd dos BSS!! :S

domingo, 28 de setembro de 2008

Nos ultimos dias...



Na quinta feira, Museu Berardo.
Um mergulho na cultura, literalmente... ;)
Valeu a pena, depois de ter faltado a uma aula de mestrado para ter uma reunião e ouvir falar sobre como fazer julgamentos injustos em 10 passos simples .
Mais conhecimento de causa sobre injustiças, e menos sobre quais os passos para escolher bem o tema para a tese.
Convite do S., sr. italiano de grande gabarito, para voltar a Sevilha. Vamos ver.

Sexta feira, cervejinha com a K. depois de sair do trabalho, na Bica. Isto, depois de estar completamente bloqueada a escrever um texto da treta, e de ter ido a correr ao Parlamento com um colega.
Foi uma espécie de Erasmus revival, e talvez por isso tivesse doído tanto voltar a casa e ao fim do mundo onde vivo.

Sabado, café com a C. na Baixa, seguida de uma sessão na H&M. Felizmente para a minha carteira, saí de mãos a abanar. Infelizmente para a minha carteira, fiquei com forte intenção de voltar á loja.
Ganhou o Glorioso, o que é sempre agradável...

E hoje, dormir. Muito. Porque tudo parece melhor nos sonhos, do que quando despertamos para a vida real. Acho que é por isso que tenho dormido tanto nos ultimos tempos.

A musica que me assombra há dias...

As Putas Dançam Slows - Linda Martini

e a que ouvi hoje, e em modo revival me fez voltar a Sevilha...

Canabis - SA-P

...e em homenagem ao shor peruano...Senhoras e senhores, Luisa!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

terça-feira, 23 de setembro de 2008

"Peido 11 no carro virgem"

Felizmente, o título bizarro deste post em nada tem a ver com o conteúdo.

Foi apenas uma prova de que eu, se digo que faço porcaria, faço efectivamente porcaria - e publico na internet o conteúdo de conversas estranhas que só têm lugar depois de as almas de três excelsas pessoas estarem devidamente aquecidas por uns finos e pela amabilidade do Sr. Raposo (a quem desde já presto aqui a minha homenagem).






[[Vivo para as sextas feiras, nos últimos tempos. Mal posso esperar que chegue o fim da semana, e não é por vontade de ver o tempo a passar . É porque preciso , como do pão para a boca, da minha aula semanal de introdução à descodificação do meu ruído mental.]]






Inspirada pelo texto do post anterior, e pela belíssima descoberta deste exemplar na biblioteca cá de casa...





decidi hoje começar a ler de novo.




Nada de entusiasmante, no entanto, quando se conhece o meu historial - nos últimos tempos, comecei e abandonei a leitura deste ...










deste outro...






...e ainda, deste (ainda que por motivos diferentes dos outros livros. Um deles, talvez possa ser o facto de eu ter dificuldade em levar a sério pessoas que escrevem o som das ondas do mar sem estarem com uma forte dose de ácidos em cima)


Por isso, nada de entusiasmos. Nem com esta nova vontade de mergulhar em nova literatura outa vez, nem com a minha selecção musical dos últimos tempos.

Não é que me possa orgulhar, mas ultimamente o meu estilo musical de eleição tem vindo a ser, pasme-se, uma grande quantidade de berraria histérica com guitarrada por detrás, que a crítica chama algo pomposamente de "post-hardcore". Uma espécie de regresso à adolescência, só que com mais borbulhas ainda na cara do que tinha aos 15 anos, e um nível de tolerância menor. Mas se eu sinto a minha alma a gritar às pedras da calçada, é normal que a vontade que tenha é de ver o sentimento traduzido em música.

Foram avisados. Com vocês, Glassjaw! ("numa luxuosa produção, exclusiva para a Revista Caras, nas ilhas Seychelles. Caras. Todas as semanas")

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Brutalidades.

O poder de síntese é uma das capacidades que mais aprecio nas pessoas.

Mas, quando as pessoas usam esse poder de síntese , o unem à sensibilidade que possuem, e produzem textos que em meio dúzia de parágrafos definem um pedaço de alma humana (neste caso...confesso que parte da minha alma também),
permitam-me que me pasme, limpe as hipotéticas lágrimas que a peça me possa ter provocado, e o partilhe convosco.

O autor desta belíssima brutalidade chama-se Gonçalo M. Tavares, e eu só tenho que lhe fazer a devida vénia. O texto faz parte da crónica que ele apresentou na Visão do passado dia 18 de Setembro. Sem mais, aqui fica o texto que me ficou na mente nos ultimos dias:

"O CÃO
Perto da Praça de Espanha, em Lisboa, vê-se um cão, ao longe (os animais são assim, quase verticais) e só depois se vê o que está em baixo, no chão. O cão guarda algo como um bom cão de guarda. À primeira vista, em baixo dele, roupa apenas, um amontoado. Mas qual o cão que guarda tecidos?
O cão guarda um homem, meu caro.
Cão atencioso, gentil, olha para baixo e pergunta, naquele modo mudo de animal: estás bem? Depois olha para cima e em redor: quem vem aí? Que ninguém se aproxime. O dócil cão está preparado para mostrar a maldade inteira que os amantes têm. Está tão ligado ao dono, tem tanto afecto por ele, que será capaz de exercer muita violência contra quem se aproximar. Para defender, atacará.
[Por vezes, ao lado do cão, parecemos pertencer a uma espécie animal de ética mais baixa, mais mesquinha. Nesta situação, o cão é mais humano e mais vertical do que parece, até porque o homem quando dorme (ou está morto) abandona a pose de que nos orgulhamos.
Bem, mas não falemos do cão nem de quem dorme ou está morto - não, não estava morto, mexeu-se.]
Eis a história do mundo e também dos humanos: tudo o que amas pode ser, em parte, transferido para uma violência, para uma agressividade em relação ao resto do mundo. Amar alguém é estar preparado para odiar muitos, para os atacar, caso estes interfiram negativamente no amor em si (no processo) ou na coisa amada.
O amor pois como coisa bela e alta e extraordinária, sim, mas apenas para quem é o sujeito ou o objecto do amor. O que fica de fora, de fora fica, isto é: transforma-se em potencial inimigo.
Por isso aquele cão assusta: tem humanidade a mais. Quando baixa a cabeça em direcção ao dono ama, quando a levanta está preparado para odiar. "

Para terminar...a musica do dia. Porque "nada vai ser fácil, nunca foi".
(Se alguém quiser fazer uma estátua ao Manel Cruz, eu entro na vaquinha para lhe construir um busto em ouro, e tal.)



Leva qualquer eu a meu dia
Da-me paz eu só quero estar bem
Foi só mais um quarto uma cama
No meu sonho era tudo o que eu queria

Quando alguém deixar de viver aqui
Espera que ao voltar seja para ti
Nada vai ser fácil
Nunca foi
Quando alguém deixar de te dar amor
Pensa que há quem viva do teu calor
Hoje é só um dia e vai voltar
Amanhã

E não foi assim que o tempo nos fez
E fez assim com todos nós
E não foi assim que a razão nos amou
E fez assim com todos nós
São coisas
São coisas
São só coisas
São coisas

Se uma voz nos diz que é viver em vao
Pra que raio fiz eu esta canção
E se o fim é certo
Eu quero estar cá amanhã

E não foi assim que o tempo nos fez
E fez assim com todos nós
E nao foi assim que a razão nos amou
E fez assim com todos nós
São coisas
São coisas
São só coisas
São coisas

Eu estou bem
Quase tão bem
Vê como é bom voltar a dizer
Eu estou bem
Quase tão bem
Vê como é bom voltar a dizer
Eu estou quase a viver