quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

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As actualizações têm sido escassas, para não dizer inexistentes, eu sei.
Isso deriva em boa parte do modo como o mês tem corrido: quando houve coisas para dizer, preferia nem falar no assunto para não me deprimir mais; e houve fases em que nada havia para dizer, em que o meu sono, o meu tédio e o meu isolamento falavam mais alto. Em que nem dentro da minha cabeça, nem em conversa comigo mesma, havia algo de interessante a decorrer.
Há sempre planos e ideias, e no entanto fica-me a sensação que em certos períodos da nossa vida o piloto automático entra e toma conta de nós, sem nos darmos conta disso. Em que os nossos gestos se tornam involuntários, difusos numa nuvem de qualquer coisa que nos tolda a racionalidade ou a consciência.

Assim, passei de uma fase em que dormir era a porta para a minha sanidade mental (enquanto estive em sofrimento com "decisões profissionais", o que quer que se lhe queira chamar: eu sofro por coisas estúpidas, eu sei) para um período, imediatamente posterior, de nébula. De isolamento, recusa, arrastamento.

Celebrei a chegada do dia 15 como poucos. Fui de fim de semana para o Norte matar saudades, e foi bom.

Mas preciso de mais, sou desorganizada, e não sei muito bem como lá chegar, nem onde quero chegar, nem o que quero.

Se o cheiro a novo inspirar algo em mim...




Entretanto, juntamente com o trabalho, vamos fazer planos para viagens, cursos, novidades, e esperar que isso preencha o tempo por agora :)

3 comentários:

V. disse...

Há sempre alturas da nossa vida em que parece que tudo deixa de fazer sentido e limitamo-nos a existir..sim, há alturas que não podemos considerar viver. A vida é mais do que isto. Pelo menos a ideia que eu tenho de vida é mais do que isto.
Ainda assim, acho que precisamos destas etapas para perceber o que realmente queremos. Deixar de lado o que nos decepciona e magoa, tentando construir sobre os escombros a promessa de um futuro melhor.

Boa sorte nas escolhas, sejam elas quais forem. O que interessa mesmo é partir.

Anónimo disse...

Gostava de dizer ou fazer alguma coisa para te ajudar (ou pelo menos para te sentires melhor), mas para infelicidade minha ainda não te conheço suficientemente bem para tal. De qualquer forma, para qualquer coisa, estou à disposição.

R disse...

Obrigado... a ambos os dois ;)