Isso deriva em boa parte do modo como o mês tem corrido: quando houve coisas para dizer, preferia nem falar no assunto para não me deprimir mais; e houve fases em que nada havia para dizer, em que o meu sono, o meu tédio e o meu isolamento falavam mais alto. Em que nem dentro da minha cabeça, nem em conversa comigo mesma, havia algo de interessante a decorrer.
Há sempre planos e ideias, e no entanto fica-me a sensação que em certos períodos da nossa vida o piloto automático entra e toma conta de nós, sem nos darmos conta disso. Em que os nossos gestos se tornam involuntários, difusos numa nuvem de qualquer coisa que nos tolda a racionalidade ou a consciência.
Assim, passei de uma fase em que dormir era a porta para a minha sanidade mental (enquanto estive em sofrimento com "decisões profissionais", o que quer que se lhe queira chamar: eu sofro por coisas estúpidas, eu sei) para um período, imediatamente posterior, de nébula. De isolamento, recusa, arrastamento.
Celebrei a chegada do dia 15 como poucos. Fui de fim de semana para o Norte matar saudades, e foi bom.
Mas preciso de mais, sou desorganizada, e não sei muito bem como lá chegar, nem onde quero chegar, nem o que quero.
Se o cheiro a novo inspirar algo em mim...

Entretanto, juntamente com o trabalho, vamos fazer planos para viagens, cursos, novidades, e esperar que isso preencha o tempo por agora :)